...encontro com a minha/nossa Ancestralidade
Salve Oxum Odolá Ora Yê Yê...
AFOXÉ OXUM ODOLÁ
Dizem as lendas africanas que Oxum é mãe das águas doces e, portanto, guardiã dos bebês no ventre. Dizem, também, que o som é a primeira relação com o mundo, desde o ventre materno. Assim, no candomblé, Oxum, além de orixá da beleza, do amor, do ouro e dos rios, é a mãe da música. Suas cores são o dourado, o amarelo e o branco, que simbolizam a riqueza.
O Afoxé é uma manifestação afrobrasileira com raízes no povo Yorubá. Segundo Raul Lody, antropólogo, professor e museólogo responsável por vários estudos na área das religiões afrobrasileiras, é o candomblé de rua, ou seja, um cortejo de rua que sai durante festas populares ou no Carnaval, reverenciando um orixá através do canto, da percussão e da dança
A palavra afoxé é de origem Yorubá. É composta por três termos: “a”, prefixo nominal; “fo”, que significa dizer, pronunciar; e “xé”, que significa realizar. Para Antonio Risério, poeta e antropólogo, afoxé quer dizer “o enunciado que faz acontecer”, "a fala que faz".
É nesse contexto que se situam os afoxés, cujas armas são a estética do encantamento, da beleza e da alegria; valores da tradição nagô se espraiando pelo espaço urbano.
OXUM
Riqueza, beleza e projeção social. Essa é a deusa dos rios, ninfa da cultura yorubana. É a dona do ouro! Mãe da água doce, rainha das cachoeiras, deusa da candura. Orixá da prosperidade e da riqueza, ligada ao desenvolvimento da criança - ainda como feto. É a dona do ovo também! - a maior célula viva.
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Fiz parte dessa família por 2 anos (2010 a 2012), as tardes de domingo tinha endereço certo Parque da Criança - Fortaleza/CE, todos vinham com amor e respeito batucar, dançar e reverenciar a Deusa do Amor: Oxum.
Macumba, Pomba Gira, Despacho e por aí vai a ignorância capaz de desrespeitar e deturpar as religiões afrobrasileiras... Sempre aprendi que se você desconhece de ou sobre algo fique calado e respeite, princípio básico de convivência, mas infelizmente nem todos e muito menos a sociedade pensa assim.
Descobri no Afoxé Oxum Odolá as minhas raízes afros, emanados de axé e muito batuque, começando por aqui uma catalogação corpórea, transbordo e leveza.
Agora canto:
"Eu vi mamãe oxum na cachoeira
Sentada na beira do rio
Colhendo lírio lirulê
Colhendo lírio lirulá
Colhendo lírio
Pra enfeitar o seu congá" - Mamãe Oxum, Zeca Baleiro
Solo: Os 4 Elementos
Evento Emoriô Forças da África - Teatro Dragão do Mar - Fortaleza/CE, 2011.